quinta-feira, 30 de abril de 2009

Courrier Internacional n.º159



Saiu hoje mais um Courrier Internacional. Na capa, uma história impressionante: em França, ajudar imigrantes ilegais é uma infracção. Não estamos a falar de ajudar clandestinos a atravessar a fronteira, mas de dar-lhes qualquer tipo de apoio, incluindo humanitário. As condições de vida deterioram-se em Calais, onde vai ser criado, com o acordo dos ingleses, uma espécie de prisão de Guantánamo na zona portuária.

Outros assuntos na edição deste mês são os artesãos portugueses, visitados por um jornal australiano, a relação amorosa entre Barack Obama e o teleponto, a ineficácia da luta internacional contra o narcotráfico, as cunhas na Albânia e o calvário dos homossexuais na Nigéria. Também temos reportagens sobre os camponeses chineses recém-despedidos das fábricas, os jovens angolanos obrigados a combater, o lixo na Indonésia e a importância do feng shui para os empresários de Hong Kong. Podem ainda ficar a conhecer o Bob Dylan timorense e um defensor dos aborígenes australianos. Reconheçam que vale a pena...

Léo Ferré, L'étranger (letra de Charles Baudelaire)

sábado, 25 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 0


Chico Buarque, Tanto mar I

Uma das coisas mais bonitas da Revolução dos Cravos foi ter ajudado a democracia - ou dela a esperança - a chegar a outros países. O primeiro 25 de Abril do codornizes fez-se ao som de Chico, entre outros. Hoje, a liberdade festeja-se neste ninho com outra versão da mesma música. E com exactamente o mesmo espírito.

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 1


José Mário Branco, Mudam-se os tempos mudam-se as vontades

De Camões a Zeca, de Sophia a Sérgio, de Zé Mário a Fanha, de Letria a Natália, de David a Gedeão, de Ary a Pessoa. Viva os poetas de Abril!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 2


José Carlos Ary dos Santos, As portas que Abril abriu
(são excertos, mas vale a pena lerem o poema todo aqui)

Em 1974 eu não era sequer projecto. A Revolução foi-me contada pela família e pel@s amig@s, que a viveram intensamente, cada um a seu ritmo, em liberdade. E que souberam transmitir aos pósteros os valores que Abril abriu. O poema de hoje, mandou-me o meu Tio Filipe, homem de terra e mar, patriarca que admiro, figura de referência a quem deixo um abraço com a força de um cravo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 3


Susana Germade, Abandono (Fado Peniche),
com letra de David Mourão-Ferreira

Há bons e maus nisto das democracias e ditaduras. Podem dizer que nem tudo é a preto e branco, que eu subscrevo, mas é cristalino para mim que democracia é bom e ditadura é mau, pouco importando se estas últimas se dizem de esquerda ou de direita. Também tenho como bastante certo que a ditadura tacanha de Salazar, Caetano, Tomás, Kaúlza e outros prejudicou Portugal. O PREC também? É verdade. Felizmente, durou menos.

Parece-me absurdo que 35 anos não tenham chegado para se criar um Museu do Estado Novo. O projectado Museu Salazar de Santa Comba Dão preocupa-me menos do que a inexistência de um outro, que nos "conte como foi". Da idiota (re)inauguração, no próximo sábado, de um Largo Salazar nessa terra, digo o mesmo que aqui li: uma das conquistas de Abril é, para bem ou para mal, o direito ao mau gosto. E a PIDE não vai bater à porta do autarca que teve tal ideia.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 4


Banda Bassotti, El paso del Ebro

Barreiras naturais, barreiras artificiais. Quebradas umas, outras de pé. E, por vezes, a ilusão de que não deve havê-las. Deve, pois. Sem isso não há liberdades individuais.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 5


Modena City Ramblers, Bella ciao

Lutas e sons que vinham de há muito e que hoje continuamos a ouvir.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 6


Joan Baez, Oh Freedom

Em muitos idiomas, a olhar para o mundo inteiro... há liberdade em Portugal, e democracia, ainda que imperfeita. Mas o Mundo são seis mil milhões de pessoas. Quantos é que ainda estão à espera?

domingo, 19 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 7


Adriano Correia de Oliveira, Trova do vento que passa (música de António Portugal)

Uma das coisas boas da democracia é poder haver várias versões, leituras díspares, diversas visões. O poema de Manuel Alegre é lindo quando dito pela voz do próprio e quando cantado por este homem e esta mulher. Ah, e Amália não era fascista coisíssima nenhuma.



Amália Rodrigues, Trova do vento que passa (música de Alain Oulman)

sábado, 18 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 8


Serge Reggiani, Ma liberté

Minha, tua, dele/a. Nossa, vossa, deles/as. De todos e para todos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 9


Couple Coffee, Os vampiros

Estes tipos fazem coisas muito giras com a música de Zeca Afonso. Nunca demasiado recordado, chorado, homenageado, recriado.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Contagem decrescente para o 25 de Abril - 10


Sérgio Godinho, Pode alguém ser quem não é?

A pergunta que SG deixou ontem no MusicBox parece-me uma boa forma de dar início às comemorações da Revolução. Alguém quer responder?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Celebrar 18 meses de blogue...

...sem grande energia para estas lides, é verdade, e num ritmo mais próprio do caracol do que da codorniz. Mas, ainda assim, com boa disposição e alto astral.


Elton John, Moon river