Foi com baladas como esta e Don't cry que os Guns me conquistaram nos tempos de liceu. Só mais tarde achei graça às faixas mais enérgicas que a malta acompanhava com o célebre «moche!». A minha preferida continua a ser esse monumento de nove minutos chamado November rain. Emocionei-me ao ouvi-la, no ano passado, no Rock in Rio. Isto apesar de o Axl estar velho e gordo e de a banda já nada ter a ver com a dos anos 90. Nessa altura vieram a Alvalade e eu perdi o concerto. Mas, se bem recordo as críticas, não foi grande perda musical. Chegaram atrasadíssimos, levaram com uma chuva de garradas de plástico e insultaram o público. Se cantaram já não me lembro... Tu beso de siempre, María
Diz-se que a paciência leva ao céu, mas que a paciência também tem limites. Na Saúde, os pacientes, coitados, muitas vezes esperam e sofrem, mas é porque não têm alternativa, estão fragilizados e têm medo da morte. Tirando esses tempos "de guerra", os limites da paciência, além dos genéticos e pessoais, devem ser os da dignidade, definição, não humilhação, respeito, e tanta coisa mais. Mas também o eterno pesar dos prós e dos contras, do quero/não quero, do preciso/afinal não preciso, do gosto/não gosto - a curto, médio e longo prazo. Com a certeza, sempre, que o nosso melhor amigo é o que está do outro lado do espelho, e que o nosso barbeiro está lá, "pacientemente", à espera, com as piadas, as conversas, os jornais desportivos e a tesoura do costume.
A paciência é uma virtude e a arte da espera a maior de todas elas, para que sejas recompensado com o sorriso, com o amor e com o abraço do regresso... Chama-se ardente essa paciênica, mas compensa quase sempre tê-a e oferecê-la... Dá-a e receberás em troca a verdadeira resposta...
Napoleão, que era da Córsega, zangou-se certo dia com a sua ilha e disse: "Tutti i corsi sono stronzi". Respondeu-lhe um corso: "Tutti no, pero buona parte si".
Com perdão do italiano macarrónico, pergunto: tudo vale a pena? "Tutti no, pero buona parte si". Desde que a alma não se apouque...
Guns...música que nunca se esquece e está sempre presente nas minhas recordações. A paciência não tem limites, as pessoas pacientes é que os têm. Um abraço
Oartista, essa é uma forma curiosa de ver as coisas... mas a paciência não é um ente abstracto que paire por aí! Está em nós. Se uma pessoa paciente atinge o seu limite, de que lhe vale ter mais paciência? Ou inventá-la?
Sf, de acordo, mas a impulsividade também deve ser q.b. Porque pratos limpos implica olhar com atenção, ver onde se instalam as manchas de gordura, os bolores, as nódoas que eventualmente já não possam ser apagadas. E ver se ainda gostamos tanto do prato, se merece que continuemos a esfregá-lo. Há que evitar dois riscos: o de a fúria nos fazer atirar para o chão uma peça da Companhia das Índias e o de que a paciência nos leve a gastar uma garrafa de detergente num prato de plástico encardido...
10 comentários:
Já não ouvia esta canção há algum tempo. Soube bem recordar :)
Foi com baladas como esta e Don't cry que os Guns me conquistaram nos tempos de liceu. Só mais tarde achei graça às faixas mais enérgicas que a malta acompanhava com o célebre «moche!». A minha preferida continua a ser esse monumento de nove minutos chamado November rain. Emocionei-me ao ouvi-la, no ano passado, no Rock in Rio. Isto apesar de o Axl estar velho e gordo e de a banda já nada ter a ver com a dos anos 90. Nessa altura vieram a Alvalade e eu perdi o concerto. Mas, se bem recordo as críticas, não foi grande perda musical. Chegaram atrasadíssimos, levaram com uma chuva de garradas de plástico e insultaram o público. Se cantaram já não me lembro...
Tu beso de siempre, María
É um bem precioso, a paciência. Ainda mais precioso por ser tão frágil, tão fácil de perder-se. Mas compensa tê-la, quase sempre!
Um beijo
Diz-se que a paciência leva ao céu, mas que a paciência também tem limites.
Na Saúde, os pacientes, coitados, muitas vezes esperam e sofrem, mas é porque não têm alternativa, estão fragilizados e têm medo da morte.
Tirando esses tempos "de guerra", os limites da paciência, além dos genéticos e pessoais, devem ser os da dignidade, definição, não humilhação, respeito, e tanta coisa mais.
Mas também o eterno pesar dos prós e dos contras, do quero/não quero, do preciso/afinal não preciso, do gosto/não gosto - a curto, médio e longo prazo.
Com a certeza, sempre, que o nosso melhor amigo é o que está do outro lado do espelho, e que o nosso barbeiro está lá, "pacientemente", à espera, com as piadas, as conversas, os jornais desportivos e a tesoura do costume.
A paciência é uma virtude e a arte da espera a maior de todas elas, para que sejas recompensado com o sorriso, com o amor e com o abraço do regresso... Chama-se ardente essa paciênica, mas compensa quase sempre tê-a e oferecê-la... Dá-a e receberás em troca a verdadeira resposta...
Um beijo
Só não há paciência para chatos. Para o resto, tudo vale a pena, se a alma não for pequena...
Napoleão, que era da Córsega, zangou-se certo dia com a sua ilha e disse: "Tutti i corsi sono stronzi". Respondeu-lhe um corso: "Tutti no, pero buona parte si".
Com perdão do italiano macarrónico, pergunto: tudo vale a pena? "Tutti no, pero buona parte si". Desde que a alma não se apouque...
Guns...música que nunca se esquece e está sempre presente nas minhas recordações.
A paciência não tem limites, as pessoas pacientes é que os têm.
Um abraço
Há que ter paciência q.b. e apenas q.b. (digo eu).
Gosto de ser impulsiva. Fica logo tudo em pratos limpos.
Oartista, essa é uma forma curiosa de ver as coisas... mas a paciência não é um ente abstracto que paire por aí! Está em nós. Se uma pessoa paciente atinge o seu limite, de que lhe vale ter mais paciência? Ou inventá-la?
Sf, de acordo, mas a impulsividade também deve ser q.b. Porque pratos limpos implica olhar com atenção, ver onde se instalam as manchas de gordura, os bolores, as nódoas que eventualmente já não possam ser apagadas. E ver se ainda gostamos tanto do prato, se merece que continuemos a esfregá-lo. Há que evitar dois riscos: o de a fúria nos fazer atirar para o chão uma peça da Companhia das Índias e o de que a paciência nos leve a gastar uma garrafa de detergente num prato de plástico encardido...
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