sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Depois da tempestade

Ao fim de uma data de anos, troco as uvas frescas por passas, que é como quem diz que a meia-noite do dia 31 não vai ser passada em Espanha, como de costume, mas em território nacional. Ou na 18.ª comunidade autónoma, como gosto de dizer quando o interlocutor é demasiado anti-hermanos. É um gosto voltar a contar as badaladas no Baleal... por fazê-lo em português? Também, mas, acima de tudo, por ser a minha terra, a nossa. Aquela cuja independência quisemos proclamar, certo Verão, elevando a ilha a Principado e anexando, à passagem, Berlengas, Estelas e Farilhões.

A verdade é que ligo pouco a fronteiras e sinto-me em casa em muitos lugares deste mundo. E se foi da água que mais tive saudades quando fiz de Madrid mi ciudad, ela não vai faltar durante os próximos dias, quer se espraie como um lago diante do terraço, quer ande revolta como neste vídeo que o Tomaz Bairros me enviou há tempos, quer caia do céu às bátegas como uma purificação antes do novo ciclo. Nesse caso, até pode vir acompanhada de raios e trovões. Que eu cá tenho aquecedores, chá e mantinhas e quem me console.

3 comentários:

Maria del Sol disse...

Eu também não ligo muito a fronteiras, acho que a máxima "home is where your heart is" é a que melhor se aplica à minha vida :)

Vai ser um fim de ano muito aconchegado, pelo que vejo.

Besos!

Skyman disse...

Boas entradas. A companhia do mar é garantidamente boa. Quanto ao tempo, vamos ter esperança. Eu tenho-a, tal como no Novo Ano que se aproxima.
Abraço

Huckleberry Friend disse...

María, subscrevi ipsis verbis. E claro que o sítio onde está o coração tem de ser aconchegado e quentinho. Besos e bom ano para ti!

Skyman, o mar é de onde veio a vida, não é? O tempo tem estado bom, pelo que só podemos olhar 2008 de frente e com um sorriso. Um abraço!