Era miúdo quando comecei - sem dar por isso - a trautear o Concerto n.º20 para Piano e Orquestra de Mozart (K466). Nas noites da Praia da Luz e nas tardes de Inverno do Toxofal, o meu pai punha-o a tocar num leitor de cassetes que veio a ser, mais tarde, o primeiro que tive na minha mesa-de-cabeceira. Brincar com música de fundo é uma forma nada chata de aprender a apreciar coisas bonitas.
Hoje, uma leitura matinal deu-me vontade de voltar a ouvir este concerto. Não era um texto sobre música nem sobre memórias de infância, mas deixou-me na boca um sabor a pureza reencontrada. Furto-me a dizer mais sobre o que li e peço a quem mo mandou que não se denuncie, caso leia isto. Mas, por ter ficado sem palavras, quero agradecer com música.
Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto n.º20 para Piano e Orquestra K466 (Friedrich Gulda, ao piano, dirige a Orquestra Filarmónica de Munique)
1. Allegro (dois primeiros vídeos)
2. Romanze
2. Romanze
3. Allegro assai Rondo
1. Allegro (primeira parte)
1. Allegro (segunda parte)
2. Romanze
3. Allegro assai Rondo
7 comentários:
Boa Trade Huck
Cada vez gosto mais de Mozart. Tenho aqui na Agência um colega que é especialista em música, o pai dele é o Sr. que fazia o EM ÓRBITA, é fantástico o que ele me tem feito descobrir. Ando fascinada com a Bartoli, que é maravilhosa.
Beijos
Olá, anamoris! Também adoro Mozart e vi a Bartoli ao vivo, este ano, na Gulbenkian (clica aqui). Beijinhos!
:) beijinhos grandinhos e sorrisinhos=P
Sei do que falas, quando era pequenina adormecia muitas vezes ao som da antena 2 enquantoa minha avó lia ... adormecia embalada por bonitas melodias e fui, sem querer e sem saber nomes nem compositores, aprendendo a ouvir música clássica... há concertos, andamentos de concertos e às vezes até pequenos excertos que, quando os ouço me trazem quase inexplicávelmente uma enorme nostalgia e ao mesmo tempo tem uma enorme sensação de conforto...sei do que falas primo!
Por entre o luar, um beijinho em sustenido e um sorriso em bemol ;)
Prima querida, afortunados os que têm casas e famílias por onde circula a música. É a melhor forma de contágio quando ainda somos pequenos para sabermos que gostamos de música clássica (ou para admitirmos que gostamos; recomendo-te, a propósito, este texto da Sofia). Algumas das memórias de que falas são-nos comuns... avós, tias e pais tiveram nisso um papel precioso. Ai, agora vieram-me umas saudades da Festa da Música! Beijinhos.
Magnífica escolha, Huck, e muito sugestiva. Emocionei-me.
Beijinhos
;)
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