Um dos meus grupos favoritos está em crise. Os espanholíssimos e deliciosamente pirosos La Oreja de Van Gogh ficaram sem a vocalista Amaia Montero, que parte para outros voos. A banda não acabou, quer dar a volta por cima, mas não sabe como. Com esta vozinha é que já não conta... só fico com pena de nunca os ter visto ao vivo.
La oreja de Van Gogh, El 28
Sí, quiero saber
si tú también recuerdas algo de aquel café
espero a veces sin entender por qué.
9 comentários:
Deliciosamente pirosos, ora nem mais! Sabemos quase a discografia completa e não há quem nos bata a cantá-los! E pensar que esta nossa devoção é fruto de um acaso... um qualquer cd espanhol encontrado no topmanta, em Madrid! Também tenho pena que a piquena tenha abandonado o grupo sem ter dado um concerto para nós!
Quanto ao 28, parece estar a chegar ao fim... mas 'puedes contar conmigo' para o 29! ;)
Um cd comprado no top manta e do qual a primeira canção é um retrato do que Madrid foi para mim quando lá vivia e para nós sempre que lá vivemos dias loucos... Os oreja conquistaram-nos ao primeiro acorde y para siempre, no puedo evitar...
Ora bem, a piroseira começa a fazer escola, isto é, começa a ser sistematizada. Que bom...
Para quando a primeira crítica a sério à discografia dos Oreja? Eu cá fico à espera.
Confesso que, embora já há uns tempos que não os oiça, "El viaje de Copperpot" e "Lo que te conté mientras te hacias la dormida" são discos que me marcaram muito. Nos melhores momentos (na minha opinião, canções como "Los amantes del círculo polar" ou "Deseos de cosas imposibles") conseguem inclusivé fugir ao kitsch para que puxa sempre o timbre de voz de Amaia Montero. E por essa mesma razão o último disco, "Guapa" foi uma desilusão, de tão xaroposo.
Seja como for, é uma notícia triste para o panorama musical dos nossos caros vizinhos. Esperemos que a separação não seja definitiva.
Confesso que não vi mas vale por te deixar um forte abraço...
Já os Presuntos Implicados eram, para algumas camadas "mais elititas", deliciosamente pirosos. Mas eu gostava muito deles e ainda os tenho em alta estima e consideração. Para não falar dos Mecano, também espanhóis, que deixaram algumas das canções pop mais conseguidas dos "nuestros hermanos".
Espero que "Os Oreja" não acabem, mas sem a voz da menina parece-me ser o princípio do fim.
Um abraço
Piroseira ou não, a verdade é que eu AMO ouvi-los e tu sabes, verdad?
E que recuerdos, Dios mio!
Não, não sou saudosista mas onde já vão os ditos 28, caramba! LOL
Beijo grande oh pré-trintão!
Miguel, estás a contaminar a blogosfera com os teus cantinhos... embora no meu caso já goste de pirosices há muito tempo. Tanto como de dizer de algo, em tom desdenhoso, que é uma pirosice!
Críticas sérias aos Oreja? Só se for sem tom de musicólogo, que não sou! Olha, além das razões afectivas para gostar deles, gosto das letras e das melodias (sim, silly love songs, mas e então?), da voz da Amaia e do tom descontraído e dançável (e para mim tão dançado...). As músicas são um bocado iguais umas às outras, admito, mas há meia dúzia (ou uma dúzia, em dias mais apaixonados) que valem bem a pena.
Discos: os melhores são Lo que te conté mientras te hacías la dormida e o ao vivo de 2003. O último, Guapa, é razoável. Mas uma adenda lançada meses depois, Más guapa, foi uma decepção.
Um abraço para ti. Respondo aos restantes comentadores já a seguir!
María, é verdade, os Oreja não são apenas kitsch. Veremos que evolução há, caso a extinção seja evitável. Mas nunca voltarão a ser o grupo tal como o conhecíamos, como bem aponta o JG.
Profeta, um abraço igualmente forte!
JG, conheço pouco os Presuntos Implicados (adoro o nome, sobretudo se lido em português), mas os Mecano deram muita cor ao meu Outono do ano passado. Quédate en Madrid encabeça o meu top, mas Los amantes, Hijo de la luna, Estereosexual e Hoy no me puedo levantar são muito boas. Vi o musical deles em Madrid (relato aqui algures) e adorei. Conseguimos os dois últimos bilhetes, para lugares manhosos que trocámos por uma escada... e valeu bem a pena!
Prima Pat, sabe tão bem receber as orejadas que me vais mandando de vez em quando... beijo do primo ainda-não-trintão!
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