Praia de Vale de Frades, Lourinhã, Portugal
Areia grossa depois do lamaçal consola as plantas dos pés. Há-de colar-se às costas, não me ralo. Dispenso no passeio de rocha a rocha o jornal ou livro do costume. Não dirijo rancores à nuvem que - linda, negra, enorme - me chove em cima três pingos antes de seguir viagem. Podia ser pior, um tornadozito sobre o mar ou coisa que o valha. Mas há-de chover mais: vê que a Berlenga está nítida e os Farilhões à mão de semear. Só não entro no mar porque sabe bem esta pedra quente. Esta perda quente. Esta perna quente.
12 comentários:
Vale dos Frades! Já estive por essa localidade! Fertil na plantação de cenouras, se não me engano!
:) belo voo... beijinho e sOrrisinho
Olha, aí está uma coisa que eu não sabia, Martini. Faz sentido, porque na Lourinhã abundam os hortícolas... beijinhos, linda ;)
Por entre o luar, é bom ser acompanhado por beijinhos e sorrisos. O voo parece durar mais e a aterragem é menos custosa. Outro tanto para ti :)
Lindo. (Lá estas tu).
Beijo
Quase que posso sentir ao longe o cheiro a maresia e a doce brisa do mar... ;) como te compreendo! Apesar de estar agora mesmo numa ilha, nao ha nada como a minha praia ao por do sol...
Maria V... lá estás tu ;) beijo!
Mary John, qual é a tua ilha? E a tua praia? Beijinhos!
Huck/Pedro
Pedro
É sempre um prazer visitar-te e ler-te.
Aproveito para fazer uma pequena correcção: a terra famosa pelas suas cenouras é Valado dos Frades (onde fica a Quinta dos meus Sogros, que, suponho, conheces) e não Vale de Frades, apesar de por lá também poder haver boas cenouras, imagino.
Um abraço aos três.
Tens toda a razão, Pedro. Estranhei nunca ter ouvido falar de cenouras em Vale dos Frades, mas não me lembrei do Valadinho, que já apareceu aqui no codornizes. Tenho da Quinta do Campo as melhores recordações: um fim-de-semana delicioso, há muitos anos, com os teus sogros, a Tia Teresinha e o Tio Ninicho, o Joca, a Rosarinho e os respectivos miúdos; e os 18 anos da Marta, uma festa magnífica, daquelas que parecem não ter fim nem apetece que tenham... que madrugada essa, acho que nunca me vou esquecer!
Um abraço grande, obrigado pelo reparo e, sobretudo, pelas visitas que fazes, e que tanto me agradam. Saudades a todos lá em casa!
Pedro
Só agora me apercebi, pela tua resposta, da homenagem ao João Pedro. Falta e distracção minhas, que agora agradeço, sentido, em seu nome e no nosso. Era um homem invulgar, daqueles que se detesta ou se ama. Era difícil ter sobre ele, para quem o conhecia, uma posição intermédia. Como tudo o que é efémero, partiu depois de uma lenta agonia de vários meses, em que cada dia parecia ser o último.
Obrigado por o lembrares aqui nesta tua casa.
Um abraço
O escasso contacto que tive com João Pedro - além do Valado, falámos meia dúzia de vezes em casamentos ou no Baleal, a última no Verão passado - gerou em mim um grande carinho por ele. Pelo indivíduo invulgar que cedo percebi que era. Pelo modo simples como transmitia conhecimentos (nunca esquecerei a visita a uma igreja visigódica perto do Valado ou a explicação dos sistemas hidráulicos dos monges de Cister). E também, confesso, por ser o patriarca de um clã no qual tenho tantos amigos. Uma família de que dá gosto gostar. Abraços!
E sabe bem ler-te... sempre.
beijo
Não fora a falta de infra-estruturas (a Estalagem da Areia Branca, ao lado desta praia e com vista espectacular sobre o mar, faliu misteriosamente há anos) e recomendava-te esta praia para a próxima escapada em busca de inspiração... beijos.
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