quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Díptico com margaridas (II)

Descer a rua carregado de flores e ver sorrir mulheres de todas as idades.

Díptico com margaridas (I)

Estar há que tempos a tentar ligar para alguém e o telefone sempre impedido. À enésima tentativa, o almejado "Tou?". Depois de respondermos ao "Tou?":
- Estava a tentar ligar para ti!

A medida de todas as coisas

Ursa Maior e Ursa Menor


Arte suma: saber o tamanho das coisas. Disse Protágoras que o ser humano era a medida de todas elas. Nos últimos 364 dias, tive tempo para me preocupar com a altura de um roupeiro, a largura de vários móveis, o preço da gasolina, a espessura de uma televisão, o tamanho de muitas peças de roupa, o valor de uma prestação mensal, o diâmetro de uma jóia, a duração de uma máquina de roupa escura, a temperatura do forno, a distância de Lisboa a um sem-fim de sítios, as calorias de iguarias diversas, a intensidade de tanta coisa boa ou não.

Talvez que o segredo resida na distinção algo paradoxal entre pequenas e grandes coisas. Saber separar o trigo do joio. Sem passar ao lado do que as coisas pequenas têm de grande. Sem fazer grande coisa das que são e merecem ficar pequenas. Sem apoucar as coisas verdadeiramente grandes. E sem deixar, tão-pouco, que se agigantem para lá de um limiar que cabe a cada um descobrir.

Gosto de viver num mundo a muitas dimensões...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Já que aqui trouxe o Jacques

Por vezes as imagens, os sons, as ideias, vêm-me como cerejas. Tati serviu para anunciar o regresso das festas, Tati servirá para festejar outros anúncios. Vi o filme há muitos anos, na saudosa Alliance Française da Avenida de Paris, e revi-o há meses no Nimas. Prometo voltar a vê-lo lá para o Verão.

Jacques Tati, Mon oncle

No momento certo


É uma verdade que se aprende no momento certo. Há pessoas que não chegam a compreendê-la. O que não deixa de ser trágico, porque acho que estar sozinho é como não ser nada. Só compreendo a solidão se servir de plataforma em que adquirimos músculo e saber, de modo a que possamos contribuir para o maior bem comum: o de viver com.

Sean Penn, em entrevista ao Expresso de 26 de Janeiro de 2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tal como prometi...

...comprei o disco sem ter ouvido nenhuma faixa. E não me arrependi.


Sérgio Godinho, Às vezes o amor

Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas
(...)
Às vezes o amor
No calendário
Noutro mês é dor
É cego e surdo e mudo
(...)
E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida

NOTA: O disco é Nove e meia no Maria Matos, de Sérgio Godinho & Os Assessores

Regressado da festa

Houve festa na aldeia... foram quatro dias longe de Lisboa, da Net, dos blogues, de tudo quanto não fosse o meu Toxofal de Baixo e outras (poucas) coisas e pessoas de quem goste. Não terá sido exactamente como no filme abaixo, mas foi pelo menos tão bom. É só para dizer que estou de volta...


Jacques Tati, Há festa na aldeia

sábado, 26 de janeiro de 2008

E à segunda aula de dança...

...foi assim que me senti. A música aqui em baixo não é exactamente o que nos ensinam, mas houve um dia de Setembro, há muitos anos, em que foi importante tê-la dançado.


Dina, Amor d'água fresca

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Courrier Internacional hoje nas bancas

O meu jornal transformou-se em revista e o primeiro número no novo formato saiu hoje. Sou suspeito, mas acho que está bonita e que merece ser lida. E adorava ter as vossas opiniões - sem papas na língua!


The Beatles, A day in the life

I read the news today oh, boy
About a lucky man who made the grade
And though the news was rather sad
Well, i just had to laugh
I saw the photograph

NOTA: Obrigado aos que ontem apareceram no lançamento!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O que querem ouvir hoje?

Vão aqui e gozarão o supremo prazer de pôr uma pessoa a dizer tudo o que vos apetecer ouvir, na língua que escolherem. Às vezes vezes apetecia ter essa ferramenta em casa. Era bom, não era? Era bom? Não era!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Dias melhores virão

The Everly Brothers, Mark Knopfler & Chet Atkins, Why worry

SK, CVD, MV: um beijinho para cada uma e uma música para alegrar o que resta do dia.

Quem sobe a parada em Junho?

23 Fevereiro, Pavilhão Atlântico
Charles Aznavour, La Bohème


8 Março, Pavilhão Atlântico

The Cure, Boys don't cry


4 Abril, Campo Pequeno


Mark Knopfler, Brothers in arms


19 Maio, Centro Cultural de Belém

Georges Moustaki, Sans la nommer

Nota: corrigi a data dos The Cure. Obrigado, SF!

O voo da codorniz com Google Earth (XIII)

Saint Jean de Luz/Donibane Lohizune, província de Lapurdi, País Basco francês

Uma noite e uma manhã desencontradas, há dois anos. Jantar no último restaurante aberto, como não podia deixar de ser. Axoa d'espelette, vitela tenríssima com uma pimenta que há por ali em résteas lindas, mas caríssimas. Kir basque, com patxarán e txakoli a fazerem as vezes do crème de cassis e do champanhe. Vestígios de neve na rua. Passeio marítimo apenas parcial, porque estava frio. Casas com riscas vermelhas. Ambiente de estância balnear fina, como certa vez nas Astúrias... nem sinais da violência terrorista da Euskadi espanhola, embora Saint Jean de Luz seja um ponto estratégico para os ignóbeis etarras.

Partida tardia rumo a Biarritz, com a quasi-certeza de irmos encontrar fechado o hotel. Confirmada. Motel à beira da estrada, coisa de filme série B. Rimo-nos e ainda fomos para os copos.

Regresso a Donibane depois de encantos em Miarritze e chuva impossível em Bayonne, com o museu do chocolate pelo meio. Feira do artesanato, vinho quente na rua, uma igreja impressionante, miúdos lindos, lojas que até a mim me daban ganas, cachorros quentes cheios de batatas, mais chocolates, de novo a marginal, agora ao comprido. Saudades, a promessa de lá voltarmos num dia de sol. Até podia ser hoje.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Baú das codornizes (V)

Desço a Avenida da Igreja com os minutos contados para apanhar o comboio no Cais do Sodré. O mp3 vai debitando músicas que me dão energia e aceleram o ritmo do andar. No quarteirão entre a Acácio de Paiva e a Marquesa d'Alorna, porém, tenho de afrouxar a passada. Os auscultadores trazem-me Chim chim cheree e derreto-me. Mary Poppins foi o primeiro filme com legendas que vi no cinema. No Alvalade. E consegui lê-las.

A Poppins caiu-me no goto e ainda dele não tombou. Há dois anos, em Londres, fui com a mummy ver o musical (How very appropriate!). De vez em quando, ponho a banda sonora a tocar e acredito que uma colher de açúcar ajuda a engolir qualquer medicamento. Hoje, ao ouvir a música dos limpa-chaminés que dão sorte, fiquei a sentir-me supercalifragilisticoexpialidoso para o resto do dia. Daí a escolha do vídeo, a fazer companhia ao outro. Lá em baixo, em áudio, acrescentei Feed the birds, que é de fazer chorar as pedrinhas da calçada e que me fez passar a pente fino as escadas de Saint Paul's sempre que ali vou, à espera de encontrar uma velhinha a quem comprar alpista para dar aos pombos.


Supercalifragilisticexpialidocious

Feed the birds

Chim chim cheree

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Luz impressionista, traço impressionante

Os que dizem que por trás de cada quadro está um retrato do artista não podiam ter mais razão no que toca a Dalí. Descobriu-se que o pintor se retratou nas costas da tela Sin título. Paisaje con olivos, de 1923. Aproveitando o reverso da dita paisagem, Salvador pintou, por volta de 1926, Sin título. Autorretrato desdoblándose en tres o Arlequín. Diz El País que há quem veja nesta fase da obra de Dalí a influência de Federico García Lorca. Outros dão mais importância a Picasso. Em choques de titãs não me meto, prefiro deixar-vos a homenagem que os Mecano fizeram ao génio de Figueres e à sua musa Elena Diakonova, que é como quem diz a Gala de piel sedosa.


Mecano, 'Eungenio' Salvador Dalí

Bigote rocococo
de dónde acaba el genio
a dónde empieza el loco

mirada deslumbrada
de dónde acaba el genio
a dónde empieza el hada

Sunday soundbyte on Monday (X)

Atrasozito no regresso dos soundbytes. Mas, como cantam Joe Cocker e Jennifer Warnes, os escolhos vão-se ultrapassando. A música é Up where we belong, do filme Oficial e cavalheiro. Não ponho a canção inteira por não querer fazer concorrência aos cantinhos pirosos do Miguel...

upwhere.mp3

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Blogues à sexta (X)

Espaços perdidos

As três caras que encabeçam este blogue tripeiro e orgulhoso disso (palavras da autora), são o seu retrato fiel. Não conheço a SF senão das palavras que trocamos nestas paragens, mas acho que nos entendemos. Gosto do blogue dela porque me revela músicas que não conheço, porque me dá a ler bons poetas, porque me faz pensar sobre ideias e sentimentos, porque me faz rir com apontamentos do quotidiano.

Ainda hoje ouvi no Espaços Perdidos uma canção linda da Filarmónica Gil. Há dias, gostei de um brinde aos que se gostam. Pelo meio, internetices, amores e mais amores e a história de um dente que acaba assim. Sem querer ser centralista-alfacinha, às vezes tenho pena de que o blogue não seja de Lisboa, dado o serviço de divulgação cultural que presta. Mas o Porto está-lhe na alma e faz parte da sua identidade, repito. Oxalá que a mantenha por muito tempo, porque espaços preenchidos desta forma nunca se poderão considerar totalmente perdidos.

Se temos uma biblioteca e um jardim...

...temos tudo. O quadro é de Vieira da Silva. A citação, de Cícero. A biblioteca, tua. O jardim, nosso.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Nove e meia no Maria Matos

Calma! Não precisam de sair de casa... podem até esperar sentad@s. O concerto foi em Maio, mas sai em disco no dia 28 de Janeiro. Estive lá. Foi bom. Como de cada vez que o Sérgio lança um disco, vou comprar sem sequer ouvir o primeiro single. E vou gostar.

Agora que já vos pus a aguar, fiquem com o alinhamento...

1. O primeiro gomo da tangerina
2. Dias úteis
3. A deusa do amor
4. Às vezes o amor
5. Arranja-me um emprego
6. Marcha Centopeia
7. É tão bom
8. Só neste país
9. O velho samurai
10. Com um brilhozinho nos olhos
11. Espectáculo
12. O rei do Zum-Zum
13. Dancemos no Mundo
14. O homem-fantasma
15. A democracia
16. O primeiro dia
17. Liberdade
18. Quatro quadras soltas

...e com um vídeo engraçado!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Vinte danças para quem me dá música

Deram-me vinte músicas. Todas escolhidas a dedo. Cada uma uma cumplicidade. Cada uma uma gargalhada ou uma lágrima. Ou ambas. Algumas dizem o que não se sabe dizer. Outras o que não se quer. Abrir os ouvidos a estas canções é deixar que nos abram os olhos e a alma. Para saírem mais lágrimas? Para vermos melhor os dias. Retribuo com vinte danças, para que aprendamos a bailar com os sete sentidos. E com uma musiquita que pode ser ligada já, para irmos treinando esta noite...

Leonardo Cohen -- ...

Paula Rego, A dança

Salvador Dalí, Dança, as sete artes

Vincent van Gogh, Salão de baile

Joan Miró, Bailarina II

Pablo Picasso, A dança

Pieter Brueghel, Dança camponesa

Ona, Dança

Antoine Watteau, Dança das crianças

Plamen Temelkov, Flamenco XI

Fernando Botero, A bailarina

André Derain, Dança báquica

Henri de Toulouse-Lautrec, Dança no Moulin Rouge

Peter Paul Rubens, Dança dos aldeãos

Roy Lichtenstein, Tintim a ler

Marc Chagall, A dança

Pierre-Auguste Renoir, Dança no Moulin de la Galette

Ivan Kulakov, Dança à volta do fogo

Edvard Munch, A dança da vida

Edgar Degas, A lição de dança
Ramon Casas, Depois do baile

Sonatas e baladas ao luar

Perdoarão a insistência em música que alguns consideram demasiado kitsch, ou mesmo pirosa, mas foi a forma que encontrei de agradecer os sorrisos permanentes que uma comentadora envia para este blogue e que têm o condão de suscitarem outros, nomeadamente o primeiro que esbocei nesta manhã de trabalho. Para que nenhuma estrela, cometa, nuvem ou fogo-fátuo tape o luar, que inspira músicos e poetas e evita trambolhões em noites escuras de Inverno, aqui vão duas canções baseadas em lendas da Lua. E uma faixa mais erudita, para que outros me não crucifiquem...

La Oreja de Van Gogh, La estrella y la luna

Mecano, Hijo de la luna


Wilhelm Kempff, Sonata ao luar de Beethoven (primeiro andamento)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Mil rosas ou nem isso...

Dai-me rosas e lírios,
Dai-me flores, muitas flores
Quaisquer flores,
logo que sejam muitas...
Não, nem sequer muitas flores,
Falai-me apenas

Em me dardes muitas flores
Nem isso... Escutai-me apenas
pacientemente [quando vos peço]
Que me deis flores...
Sejam essas as flores que me deis...
[...]
Álvaro de Campos

La Oreja de Van Gogh, Rosas

NOTA: À Pat, que nunca se esquece deste primo, que tem o bom gosto de gostar de La Oreja de Van Gogh e, sobretudo, que sabe dar a volta por cima. Um beijinho!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O voo da codorniz com Google Earth (XII)

Paris XVIème, França

O pequenino Hotel du Ranelagh foi o poiso que me calhou da última vez que fui a Paris, há sete anos e picos. Isto descontando uma passagem fugaz em 2006, só trabalho, mitigada por um pombo de cinco temperos num restaurante chinês fino e umas coquilles Saint-Jacques na Biblioteca Nacional. Neve à chegada. Companhia agradável. Passeios zero.

Quentinho, acolhedor, o Hotel du Ranelagh fica perto do rio. Coube-me o último andar, com vista para os telhados de Paris e, se não me engano, o cocoruto da Torre Eiffel. Para o outro lado, fica o jardim onde Serge Reggiani passeava nos últimos anos da sua vida. Soubesse-o então e teria ido tentar a sorte. Mas só o soube mais tarde, já morto l'italien, que nunca vi ao vivo. Talvez por lá dê uma volta, em jeito de peregrinação, se for à cidade-luz na Primavera. Prometo cantar Reggiani em altos berros, naquele ou noutro dos jardins de Paris, de braço dado com quem de direito, e que tanto gosto de ouvir cantar em francês quando se distrai e não nota que estou a ouvir.

Yves Montand, À Paris

NOTA: Findas as festas, as secções do codornizes voltam a ser regulares a partir desta semana.

Nostalgia azul

O Baleal estava sem sol, o Baleal estava sem gente, o Baleal estava sem carros. O Baleal estava sem nada. O Baleal estava lindo, o mar de chumbo, a areia de cobre, the Germans wore grey, you wore blue. Em cinco minutos, mostrámos a um amigo a terra onde tudo. A terra onde nada. A terra onde nado ou nadamos, mas ontem não. Só uma voltinha, só mais um encanto. E um poema dos velhos.

Nostalgia azul


Encontrar um ponto
Atracar num porto
Esperar o sol posto
Inventar um conto
Gozar o conforto
De seres meu encosto

A areia é a ponte
O mar passaporte
Para onde se goste
De estar, é a ponte
A capela, o forte
E tu, onde foste?

Um barco parado
Na praia, indolente
Espera por que chegues
Ali, não lhe negues
O prazer dormente
De o remar ao largo

Se o ontem é amargo
Inspira o ar quente
Deixa que circule
Cheira a mar salgado
Nostalgia azul

Na rota que segues
A ilha é presente,
Atrás é passado

Baleal, 15 Janeiro 1995

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Invenções

Voltei a sentar-me ao piano por uns instantes. Estou enferrujadíssimo, apesar do muito que aprendi com o Tadeu, que agora ensina membros mais novos da família. Mas soube-me bem, sobretudo por ter posto a Sofia e os meus irmãos a dançar melodias que não imaginava dançáveis - tonto, pois todas o são, desde que queiramos soltar corpo e mente. Tive ocasião de experimentá-lo quando outras mãos substituíram as minhas no teclado e pude agarrar a cintura do meu par. A primeira partitura em que peguei foi esta. Não me saí tão bem como este senhor, mas ninguém apupou...

Glenn Gould, Inventio n.º 14 de Johann Sebastian Bach

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Mamonas assassinas

Desculparão, mas adoro o nome deste conjunto, de que tive notícia pela primeira vez quando todos os seus membros morreram num avião que caiu. É forte pena, porque tinham coisas com graça. Não tanto o batidíssimo Vira vira, que decerto dançarei na festa de São Sebastião do Toxofal de Baixo, quanto este Pelados em Santos. Porque hoje me falaram de côco e de doces de côco, de que nem sequer sou fã, mas que é uma expressão simpática...

Dias de sensações


Os últimos dois dias foram de folga. De celebração, de perguntas e respostas, de saudades enfim mortas e de outras renascidas. A 8 de Janeiro, o codornizes fez meses (três) e eu fiz anos (menos de três vezes dez). Beijinhos e abraços teriam de ser muitos, mas pego no número três e digo tudo em música: Sextos sentidos, dos Silence 4 com Sérgio Godinho, para a Sofia, que consegue, quando quer, ter um sétimo sentido. We can work it out, dos Beatles, porque acho que é verdade e porque a Teresa ma dedicou (para não repetir, eis uma versão de Noa). E Moon river, por ser quase um hino deste blogue, na voz d'A voz.
08 - Silence4 - Se...
Silence 4 e Sérgio Godinho - Sextos sentidos

Noa - We can work ...
Noa - We can work it out

Frank Sinatra) - M...
Frank Sinatra - Moon river

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

setedoumdooito

Foi bom e foi há seis meses. Às vezes parece que foi há seis dias. Outras, há seis séculos. Que continue a ser bom. E melhor.

I say a little prayer, cena de O casamento do meu melhor amigo

28 assim nunca mais

Um dos meus grupos favoritos está em crise. Os espanholíssimos e deliciosamente pirosos La Oreja de Van Gogh ficaram sem a vocalista Amaia Montero, que parte para outros voos. A banda não acabou, quer dar a volta por cima, mas não sabe como. Com esta vozinha é que já não conta... só fico com pena de nunca os ter visto ao vivo.

La oreja de Van Gogh, El 28

Sí, quiero saber
si tú también recuerdas algo de aquel café
espero a veces sin entender por qué.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Cais das Codornizes (IX)

Um último Cais das Codornizes de Natal: We three kings. No cais canta Ella Fitzgerald e no codornizes o coro do King's College.


sábado, 5 de janeiro de 2008

Cais das Codornizes (VIII)

O Natal são muitos dias... para nós, começou no início de Dezembro e só acaba amanhã, com a chegada dos Reis Magos. Este ano, os presentes têm sido repartidos ao longo da quadra. Ainda esta tarde chegaram mais alguns. A música tem de ser, por isso, The twelve days of Christmas (apesar de o nosso Natal ter durado mais de um mês...). O codornizes escolhe a versão original, na interpretação de John Denver com os Marretas. O meu cais, uma recriação pelas princesas da Disney.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A minha vida dava cinco filmes

Cinco ou mais, dou por mim a pensar. A ideia é, porém, responder (com muito atraso) a este desafio do Skyman. Cinco filmes da vida? Sem pensar muito, que é como quem diz que noutras circunstâncias diferente seria a escolha, cá vai. Ao sabor de uma manhã cinzenta e engripada.

1. O Leopardo

2. Casablanca

3. Música no coração


4. Se7en

5. E tudo o vento levou

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Bom ano para todos!

M.C. Escher, Moebius strip II

Janeiro

Janeiro é o começo
Da continuação de um ciclo
Que damos por terminado
Quando ainda continua

Em Janeiro amanhecemos
Para o indeterminado
Fazemos votos ao sol
Saímos à noite para a rua
Mas o sol que nasce é o mesmo
E à noite virá sempre a lua


Lisboa, Janeiro 1996