quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Instintos

Uma amiga de quem tinha muitas saudades e com quem este blogue me permitiu retomar contacto (só por isso já valeu a pena criá-lo!) mandou-me este filme, que merece ser divulgado. Foi feito pelo Ministério dos Assuntos Sociais do Líbano, país que tem passado as últimas décadas metido em guerras estúpidas em que os civis, em particular as crianças, são quem mais sofre. Mas não é só em tempo de conflito armado nem na miséria que os mais pequenos são maltratados. De onde a importância deste vídeo (têm de clicar, abre noutra página).

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5 comentários:

Anónimo disse...

Queria eu, que todos nos pudessemos abraçar e acarinhar como estes seres fantásticos. A criança que nasce é o pai, a mãe, o filho, é alguém que precisa, porque existe, que o deixem ser, que o amem e o abracem para que um dia ele possa ensinar que o melhor do mundo é mesmo o amor. Quem é que não gosta de ser acarinhado?
Obrigado amigo!
(a saudade não existe, não porque estamos longe, mas porque um dia estivémos juntos)
Um abraço

Su disse...

Não sei se o mais extraordinário é vir do país em questão, se o video em si! Não posso deixar de dizer, é um video lindo! O som, os gestos, as posturas, o cuidado com que todos os movimentos são feitos! Porque será que o Homem, quanto mais evolui, mais perde os seus instintos básicos?

Os elefantes-bebé, por exemplo, têm de ser constantemente tocados, afagados, "trombados", amimados, pois caso contrário acabam por morrer... de tristeza, digo eu...

No meu percurso profissional, encontrei uma menina surdocega, de 4 anos, anos esses passados dentro de uma cama de grades, por onde a irmã pouco mais velha lhe dava biberons e lhe mudava a fralda. Era impressionante! Ainda hoje me comovo quando penso nela...

Anónimo disse...

Querida Rita, quem, de facto, não gosta de receber um carinho? Um beijinho, um abraço, um sms querido, uma palavra, um adeus dito a correr quando alguém passa por nós de carro... o amor e a amizade têm muitas formas. Há pessoas a quem o gesto sai perfeito, mesmo sem pensar. Quando isso acontece, é lindo.

Quanto aos filhos, sinto, mesmo sem ainda os ter, que são a expressão mais bonita, concreta e tangível do amor. O que quer que o amor seja, os filhos são isso projectado no futuro, mas são muito mais do que isso. Porque um dia ganham asas.

Su, impressionante a história que contaste. O instinto maternal ou paternal também assume formas insólitas... O ser humano é muito mais animal do que julga, e se é pena perderem-se certos instintos, outros há que não deixam saudades, porque algo tem de nos distinguir dos outros bichos. E atenção, que nem todos os instintos bons foram perdidos. Os maus tratos não são maioritários. Mas claro que, enquanto houver um só caso, não podemos, em consciência, sossegar.

Anónimo disse...

Bem...eu acho que há no mundo inteiro, crianças que pensam que os pais não as tratam bem porque não gostam delas. Mas também acho que tudo em uma razão de ser...O que eu quero dizer é que a violência que alguns pais têm para com os seus filhos, deve-se ao facto de as crianças serem seres inofencivos, que não têm experiência de vida, não têm voto na matéria e que simplesmente não têm capacidade para distinguir o que está certo ou errado e que contam com a ajuda dos pais para as ajudar. Na minha opinião, os pais "descarregam"a raiva que têm de alguém, ou de alguma coisa que os atormenta,nas crianças, que não se conseguem defender de um adulto. Mas atenção que eu não estou a dar, de forma alguma, razão aos pais que fazem isso. Por outro lado, acho inacreditável a cobardia e a falta de respeito para com as crianças.


Muitos bjs!

Huckleberry Friend disse...

Querida prima: tu estás sempre a surpreender-me, e pela positiva! A reflexão que aqui deixas é surpreendentemente adulta para uma miúda de 14 anos... pelo menos é o que pensa este teu primo, com o dobro da tua idade! É cobarde, como dizes, que haja violência - física ou psicológica - sobre um ser mais fraco, que devia era ser protegido. Uma coisa é ralhar, e isso qualquer pai ou mãe tem de fazer, se não os filhos nunca chegam a saber o que está certo e o que está errado. Outra é violentar ou usar os filhos como arma de arremesso ou saco de boxe (de novo, físico ou psicológico) para descarregar outras raivas. Escolheste a palavra ideal para explicar o que isso é: cobardia.

Um grande, grande beijinho para ti. Aparece sempre neste ninho de codornizes (lembras-te, as primeiras que comeste fui eu que cozinhei!). ADORO-TE!!!