quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Poema de/para quem vê o sol nascer

E um dia o Sol sem um cigarro
de manhã com sono, mas não:
o giz, as folhas cheias do que nem olhas
nunca se escreve a sério e não se diz
No entanto, há manhãs bonitas
sem credo nem dono
só barro e a mão modela, escreve, diz
o que querias que fosse acordar
a mazela doce de dormir ao Sol

Outubro 2000

Foto: nascer do sol no Baleal, por João Maria Baltazar

2 comentários:

Anónimo disse...

Lindo nascer do sol na A5 e belo poema... perdeste o medo?

Bom resto de dia
Beijinhos

Huckleberry Friend disse...

Perdi. Com ajudas tuas acoli e acolá, recuperei a desinibição. Dantes não tinha grande pudor em mostrar o que escrevo. Agora, vou aproveitar o blogue para pôr cá fora umas coisas. Trabalhar num ofício ligado à escrita faz, por vezes, com que descuremos a nossa lavra. Obrigado pelo incentivo. E aqueeeeeele beijinho de sol nascente.