Porta do Vento
A Ana Vidal é uma amiga invulgar. Vive a escrever, escreve a viver e tem jeito para ambas as coisas. E tem este blogue, entre outros. Pela porta que nos abre, ora desconcertantemente escancarada, ora reduzida a uma fresta através da qual nem todos conseguem ver à primeira (o sol extemporâneo ofusca e as poeiras a flutuar hipnotizam), sopram ventos de diversas latitudes, humidades e temperaturas. O Sirocco que sopra hoje recupera as folhas que trouxe o Mistral de ontem, e que a Ana preenche com imagens, música, poesia e prosa. A dela e a de outros.
A coluna da esquerda é uma delícia, com um tradutor automático melhor do que qualquer stand-up comedian, um iPod indomável e milhares de linques e cumplicidades.
Há dias, um amigo comum falava de uma lógica de serviço entre público e privado e atribuía-a não só ao blogue da Ana como ao codornizes e a O meu cais. Ora, esse difícil equilíbrio - nunca imune a deslizes - comecei por vê-lo na Porta do Vento. E na sua autora.
Telegraficamente, cá vão achegas das entradas mais recentes da Ana: a beleza depurada dos haicais, mais um capítulo de uma série com as bicicletas como leitmotiv, um quase-haicai sobre o domingo, uma missão irrecusável que cumprirei na próxima entrada e o relato de uma viagem que fizemos em paralelo, sem nos encontrarmos, mas sem nunca deixarmos de estar perto.
11 comentários:
É o que eu digo, 'my precious, my precious' e nunca mais chega a minha vez!!!
Mas hoje vale a pena porque é o blogue da Ana e eu gosto dele e dela também! É um blogue de brisas e de rajadas... cheio de poesia, música, crítica e humor... Gosto muito!
Parabéns, miúda! ;)
Beijinhos aos dois
Olha, olha, os meus ventos abriram a porta e vieram aqui parar!!
Obrigada, Pedro, pela brisa do coração que me dás e pelas palavras queridas. E cuidado com a princesa do cais, que está com ciúmes e cheia de mimo... mas merece-o todo, afinal de contas.
Não tenho a certeza de prestar algum serviço, público ou privado, mas o que sei é que esta coisa dos blogues me dá muito gozo pessoal. O motivo não será dos mais nobres, mas é o que se pode arranjar. E se der gozo a mais alguém, melhor!
Beijinhos e mais uma vez obrigada. Que o Codornizes cumpra muitos e bons, que eu cá estarei para aplaudir!
Ana
Ora então muitos parabéns pelo primeiro mês de existência e também pelas excelentes afinidades blogueiras que cultiva.
Não conheço a Ana, mas é como se a conhecesse há dez anos, pelo menos.
O "Portas do Vento" é uma das minhas leituras regulares na blogosfera.
E pensar que tudo começou com uma troca de piropos ortográficos sobre aquela que esteve para ser a presidente de todos os franceses...
P.S: Fico à espera de ver o "Eldorado" homenageado nesta série.
Sem que isso sirva de moeda de troca, tenho a anunciar que as suas "codornizes" já foram linkadas na lista eldoradenha dos "Outros Blogs Seleccionados".
Um abraço.
Já devias saber, mi reina, que a paciência é uma grande virtude. Descansa, porém, que não pretendo ensinar-ta, quanto mais não seja por manifesta falta de competência na matéria... se um beijinho te consola, fica com este. Se não, there's more where this came from. ;)
Ó Ana, já viste que birra? Deixa lá, acho que um ovinho de codorniz estrelado poderá devolver o sorriso à sereia do cais...
Quanto ao resto, a expressão serviço é do nosso amigo Miguel: pelo menos um leitor sente que o prestamos. E se o importante é, como bem dizes, o gozo que isto possa dar a quem faz, sabe bem que também dê gozo a quem lê. Celebrar esse gozo e os blogues que o proporcionam é o que esta secção is all about...
Caro JP, está em sua casa! E as afinidades blogueiras (realidade que desconhecia até há pouco) são, de facto, a outra face do gozo que isto dos blogues dá. Muitas vezes, é uma coisita de nada que desencadeia uma cadeia de piropos, cumplicidades e, porque não, afectos.
Agradeço o linque n'O Eldorado, que retribuo. Uma destas quintas ou sextas, será certamente a sua vez nesta rubrica de "promoção da concorrência". Um abraço!
Obrigada pela aceitação do réptil, Pedro. Sinto-me honrada por tanto destaque aqui no Codornizes.
E tu, JPêzinho, lembraste-me o princípio da nossa amizade blogosférica, que eu já tinha esquecido. Quem diria, hein? Uma francesa, um remoque... LOL.
O desenho que o Pedro aqui nos deixa do blog da Ana é um desenho brilhante (leia-se o 1ª parágrafo), trabalhando as palavras , encontrando-lhes novas e improvaveis significações para os infinitos conjuntos que elas podem formar. E é assim que eu gosto, e é assim que eu aprendo.
E tamanho despudor no elogio a um blog caí que nem ginjas porque cai no blog certo e vem do blogue certo, merecedores de todos os despudores e de todos os elogios.
Digo-o menos por dever de amizade do que por impulso, natural como todos os impulsos.
E o que espanta no Pedro, mas também na Sofia, é a sua imensa e real juventude: dois jovens, bem jovens, mas cujo breve quarto de século de vida tendemos a esquecer na abragência de conhecimentos, na qualidade de escrita , na inteligência e na maturidade que a cada linha vão demonstrando. E sorte e mérito a dos pais que os foram construíndo.
Pedro, desculpa a intromissão permanente, mas tu é que me deste tempo de antena. Vou aproveitá-lo para repetir ao Miguel:
"Miguelito, já te tenho dito, que não é bonito... não teres um blogue!"
Todos nós correríamos a lê-lo, sabes? Vá lá, não te faças caro!
Quanto aos elogios que fazes aos niños, são inteiramente merecidos: é raro, hoje em dia, encontrar gente nova desta qualidade. Há certamente mérito nos pais de ambos, mas a construção também passa muito pelos próprios, pelo que tenho assistido. Para mim, é uma honra e um prazer ser amiga deste casalinho tão especial.
Bejos
Tão queridos os dois...
Eu sei que este é o blogue do Pedro, mas como, hoje, cheguei aqui primeiro...
Miguel a idade de uma senhora não se revela, mas eu cá conto menos de um quarto de século... mas para lá caminho!
Muitos beijinhos aos dois
p.s. Miguel, ficamos à espera do teu blogue!
Caro Miguel, estou com a esmagadora maioria das vozes que por aqui se fazem ouvir (ou antes, ler): venha de lá o blogue! Deixa-me acrescentar apenas (e tu, Ana) que também é bom ter amigos cotas.
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