Papoilas de papel polvilham, esta semana, os campos e as cidades do Reino Unido e de outros locais do mundo. O Dia da Recordação foi anteontem, mas não será o atraso a impedir que o assinalemos aqui. Foi à 11ª hora do 11º dia do 11º mês de 1919 que foram honrados, pela primeira vez, os mortos da que então se chamava apenas Grande Guerra, e que ainda não fora ultrapassada em horror pela de 20 anos mais tarde.
Tenho especial carinho por este emblema, que não uso há muitos anos, mas a cujo significado me associo. Foi mais uma coisa que ficou das paragens que ilustrei no último voo da codorniz... impressiona ver todos os anos, diante do Cenotáfio de Londres, as lágrimas vertidas pelos veteranos, em número cada vez menor. O dinheiro da venda das pequenas flores que todos põem à lapela revertem a favor dos feridos e incapacitados da guerra.
A papoila passou a ser símbolo de paz por causa de um poema escrito pelo médico canadiano John McCrae (1872-1918), que esteve na frente belga. Foi composto em 1915, em homenagem ao seu amigo Alexis Helmer, morto em combate. É bonito. Ei-lo.
In Flanders Fields
In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.
We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved, and were loved, and now we lie
In Flanders Fields.
Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders Fields.
4 comentários:
Olá!
Decidi aceitar o convite e passar por cá, para bisbilhotar, como boa "gaja" que sou... e sabes que mais? Gostei! E sabes quanto? Muito!
E mais... soube tão bem ver aqui, num espaço tão acolhedor, um link para os meus Espaços Perdidos. Obrigada!
Um beijinho e bem haja :)
sf, fico mesmo contente! Espero que passes por cá muitas vezes, sem te desiludires, e prometo perder-me nos espaços perdidos outras tantas. Façamos jus aos links! Um beijinho!
Tenho passado por cá algumas vezes, mesmo antes do teu convite.
Gostei muito do teu comentário no "Porta do Vento".
Não sabia esta tradição da papoila.
beijinhos
Olá, Marta, agora sou eu que te abro a porta, sem vento, deste blogue de codornizes. Já mandei mais um bitaite para a conversa do amor e da paixão... quanto às papoilas, também nasceram de um acto de amor/amizade, da saudade de um amigo perdido, do desejo de que as guerras acabem. Um beijinho para ti.
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