A semana do codornizes termina sempre com um blogue que valha a pena visitar. À quinta ou à sexta, consoante os afazeres, este espaço é dos camaradas do éter.
O mito de celofane ou Toto, I've a feeling we're not in Kansas anymore
A primeira coisa a dizer sobre o blogue da m. é que não sei qual dos dois nomes é o "oficial". O que não importa muito, porque gosto dos dois. Ao deixar-me envolver pelo celofane deste mito, também eu tenho, como a Dorothy d'O feiticeiro de Oz, a sensação de já não estar na sala, sentado em frente ao computador... mas o caminho para a estrada amarela está longe de ser evidente!
É este um espaço curioso, de um intimismo contido e por vezes hermético, sempre inquieto e sobre fundo escuro. A poesia está presente nos textos e nas imagens, há uma boa dose de introspecção e, para quem quiser vê-los, estímulos preciosos para pensar sobre a vida e o mundo. Gosto dos idiomas a fluir conforme os dias, porque cada um deles tem formas únicas de expressar sentimentos e ideias. Gosto de uma primeira pessoa assumida mas que não anda a exibir-se. Gosto do que conheço da autora deste blogue.
Quem aceitar esta humilde sugestão deverá preparar-se para paranóias incuráveis, Gael García Bernal a partir corações (neste caso não é um lugar-comum), um Outubro escandido em Novembro com desejos para Dezembro, uma dança electrizante e el llanto de Rebekah del Río no desconcertante Mulholland Drive de David Lynch.
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