quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Não vai parar?


Aimee Mann, Wise up (da banda sonora do Magnolia)

It's not
What you thought
When you first began it
You got
What you want
Now you can hardly stand it though,
By now you know
It's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up

You're sure
There's a cure
And you have finally found it
You think
One drink
Will shrink you 'til you're underground
And living down
But it's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up

Prepare a list of what you need
Before you sign away the deed
'Cause it's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
So just... give up

12 comentários:

Maria del Sol disse...

Gosto muito da voz da Aimee Mann e a banda sonora do "Magnolia" é das mais belas que já ouvi. Desse conjunto de canções, além de "Wise up", aprecio especialmente a lucidez irónica de "Momentum" :)

Beijinhos e uma boa semana

Huckleberry Friend disse...

Já fui ouvir, Mary of the Sun! E sim, Momentum é ironicamente lúcida. Wise up também é lúcida... não anima tanto a reagir, mas há alturas em que retrata na perfeição um estado de espírito (e esse era o meu hoje de manhã). Obrigado por esticares os teus raios até este ninho. Volta sempre!

Andreia disse...

De um dos meus filmes preferidos :)
***

Huckleberry Friend disse...

Também gostei muito, Andreia. As histórias entrelaçadas, a tristeza envolvente, alguma redenção com uma chuva (pouco) purificadora... é um belíssimo filme sobre a vida.

Anónimo disse...

Uma excelente letra envolta numa belíssima melodia, onde a desistência é a única solução.

Abraços,

Pedro José :)

Anónimo disse...

É verdade, Pedro. Mas na vida, para o bem e para o mal, nem tudo se passa como nas músicas... abraço

CVD disse...

É há dias em que sinto ta le qual o que reza a música, mas enfim, também acho que não vale a pena desistir (Não...não é preciso chegar a tanto...) Quando estamos assim vale a pena ouvir outra música ("Mudar de Vida", variçãoes interpretado pelos humanos?? Whi not?).
E enquanto pensamos em todas as possibilidades e alternativas o slo entra no nosso espírito ("I can see clearly now") E ficamos como novos! ... Wise up, but...don't give up!

Huckleberry Friend disse...

Ouvir ou cantar uma canção desesperada nem sempre é baixar os braços... lembro-me das noites da Foz do Arelho, quando o Rui Melo cantava "Quantas vezes parar não é desistir, só ficar a ouvir?".
A música deste post termina com "give up", mas como podemos "give up" num mundo com vozes como a de Aimee Mann, filmes como Magnolia e rios como o Tejo? Deixo-te, querida prima, outra canção desesperada, esta de Pablo Neruda... angustiada, solitária, é certo, mas incluída no mesmo livro que vinte poemas de amor. Acreditemos!

La canción desesperada

Emerge tu recuerdo de la noche en que estoy.
El río anuda al mar su lamento obstinado.

Abandonado como los muelles en el alba.
Es la hora de partir, oh abandonado!

Sobre mi corazón llueven frías corolas.
Oh sentina de escombros, feroz cueva de náufragos!

En ti se acumularon las guerras y los vuelos.
De ti alzaron las alas los pájaros del canto.

Todo te lo tragaste, como la lejanía.
Como el mar, como el tiempo. Todo en ti fue naufragio!

Era la alegre hora del asalto y el beso.
La hora del estupor que ardía como un faro.

Ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!

En la infancia de niebla mi alma alada y herida.
Descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Te ceñiste al dolor, te agarraste al deseo.
Te tumbó la tristeza, todo en ti fue naufragio!

Hice retroceder la muralla de sombra,
anduve más allá del deseo y del acto.

Oh carne, carne mía, mujer que amé y perdí,
a ti en esta hora húmeda, evoco y hago canto.

Como un vaso albergaste la infinita ternura,
y el infinito olvido te trizó como a un vaso.

Era la negra, negra soledad de las islas,
y allí, mujer de amor, me acogieron tus brazos.

Era la sed y el hambre, y tú fuiste la fruta.
Era el duelo y las ruinas, y tú fuiste el milagro.

Ah mujer, no sé cómo pudiste contenerme
en la tierra de tu alma, y en la cruz de tus brazos!

Mi deseo de ti fue el más terrible y corto,
el más revuelto y ebrio, el más tirante y ávido.

Cementerio de besos, aún hay fuego en tus tumbas,
aún los racimos arden picoteados de pájaros.

Oh la boca mordida, oh los besados miembros,
oh los hambrientos dientes, oh los cuerpos trenzados.

Oh la cópula loca de esperanza y esfuerzo
en que nos anudamos y nos desesperamos.

Y la ternura, leve como el agua y la harina.
Y la palabra apenas comenzada en los labios.

Ese fue mi destino y en él viajó mi anhelo,
y en él cayó mi anhelo, todo en ti fue naufragio!

Oh, sentina de escombros, en ti todo caía,
qué dolor no exprimiste, qué olas no te ahogaron!

De tumbo en tumbo aún llameaste y cantaste.
De pie como un marino en la proa de un barco.

Aún floreciste en cantos, aún rompiste en corrientes.
Oh sentina de escombros, pozo abierto y amargo.

Pálido buzo ciego, desventurado hondero,
descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Es la hora de partir, la dura y fría hora
que la noche sujeta a todo horario.

El cinturón ruidoso del mar ciñe la costa.
Surgen frías estrellas, emigran negros pájaros.

Abandonado como los muelles en el alba.
Sólo la sombra trémula se retuerce en mis manos.

Ah más allá de todo. Ah más allá de todo.

Es la hora de partir. Oh abandonado!

Dona Betã disse...

Oh Magnólia!!! Vi três vezes quase seguidas no cinema, no escurinho, com o grande écran que é como esse belo filme deve ser visto.

Aliás, quem gosta de cinema vai ao cinema. Não tem "homecinemas".

M. disse...

adoro Aimee, muito muito. essa banda sonora e espectacular, mas e engraçad como embirrei com essa musica em particular..talvez pelo mediatismo..tem muito mais bonitas:)

CVD disse...

Sim senhor querido primo, gostei muito do poema!!
Um beijão e bom fim-de-semana!!

Huckleberry Friend disse...

Apoiado, JG. Cinema é no cinema. E mesmo quando o filme não é tão bom como o Magnolia, ou até quando é péssimo, como o último que fui ver, podemos ter a sorte de apanhar a sala vazia... triste para quem gosta de cinema, é certo, mas não de todo desagradável para quem está bem acompanhado.

M'zinha, aguardo indicações sobre as melhores da Aimee. Prometo ouvir todas e dedicar-te a que mais tiver a tua cara. Beijinho!

Prima, muitos beijinhos, ficamos à espera da revista!